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QUANDO NADA FAZ SENTIDO

Deus, buscar sentido é muito mais do que simplesmente saber a direção.

Buscar sentido é ter a mais translúcida disposição para viver em qualquer condição. É a rara capacidade de caminhar sem se cansar e correr sem sentir o chão.


Sentido na vida comum, humilha a frieza da matemática do vetor, humilha a ambição humana de querer ganhar o mundo, humilha a soberba. Até porque, quem venceu o mundo não fui eu, como posso ganhá-lo? 


A soberba nada mais é do que o excesso de sentido. É ter tanto sentido que vale tudo para se alcançar os objetivos. Sentido para maltratar, caluniar, trapacear… sentido na violência da manipulação e na desgraça perene do ganho. O sentido é a falsa linha de chegada movida pelo “custe o que custar”.


Sentido é Eva pagando para ver se ia mesmo morrer ao comer do fruto no jardim.

Sentido na vida comum se emancipa da lógica gramatical, torna-se um verbo conjugável apenas na terceira pessoa, é a morte da razão.


Lembra de Cristo: “esses são minha mãe e meus irmãos…” 


Quando nada mais fizer sentido, se alegre por ser nesse estado de mente que o verdadeiro motivo da vida floresce, é o deserto da tentação, privação e do acolhimento.


É loucura buscar sentido na vida a partir de coisas terrenas, nós nem somos daqui.


Alegre-se na sua ausência, sinta-se grato na sua incapacidade. 


O sentido é o vento e ele sopra na direção que lhe apraz.


O sentido é a cruz. Autor: Alexandre de Almeida



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