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THE CHOSEN - Humildade - Episódio8 T4

A cena inicial é simbólica e profética: mostra um acontecido de mil anos antes de Cristo quando o rei Davi entra em Jerusalém montado num jumentinho ao som de “Hosana!”. A imagem é uma semente lançada no passado, cujo fruto está prestes a florescer em um novo Rei que também virá, mas de maneira bem diferente.


A palavra "Hosana" vem do hebraico "הוֹשִׁיעָה נָּא" (hoshia na), que significa literalmente “Salva-nos, por favor”. Com o tempo, especialmente no período do Segundo Templo (época de Jesus), "Hosana" passou a ser usada não apenas como súplica, mas também como aclamação de louvor e reconhecimento messiânico.


Jerusalém está em polvorosa. É tempo de Páscoa, e a cidade transborda de peregrinos. Porém, o nome que mais se ouve nas ruas não é Moisés, nem Arão, mas Jesus de Nazaré. O milagre da ressurreição de Lázaro corre de boca em boca. Há esperança, há medo, há inquietação. Algo grande está para acontecer.


Maria, irmã de Lázaro, sente no espírito o que ninguém mais parece discernir. Vai ao mercado e compra um vaso com nardo puro, um perfume caríssimo, reservado para ocasiões únicas. Ela não sabe todos os detalhes, mas sente que precisa honrar Jesus de maneira singular.

Enquanto isso, o Sinédrio se contorce em preocupação. A ressurreição de Lázaro não foi apenas um milagre, foi uma ameaça ao sistema. Caifás, com voz calculada, sentencia: “É melhor que um só homem morra pelo povo”. Sem perceber, profetiza o coração do evangelho. (Jo 11.51)

Na casa de Lázaro, Jesus prega o sermão da separação entre ovelhas e bodes (Mt 25). Uma mensagem escatológica sobre justiça, juízo e misericórdia. Logo em seguida, Maria entra no recinto e unge Jesus. O perfume invade o ambiente, mas o gesto escandaliza Judas que fica mais preocupado com os valores gasto com o aroma. A adoração silenciosa de Maria grita mais alto do que qualquer teologia vazia. Seu ato foi belamente narrado por João:


Jo 12.3-8 = Então Maria pegou um frasco de nardo puro, que era um perfume caro, derramou-o sobre os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos. E a casa encheu-se com a fragrância do perfume.

Mas um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, que mais tarde iria traí-lo, fez uma objeção: “Por que este perfume não foi vendido, e o dinheiro dado aos pobres? Seriam trezentos denários”. Ele não falou isso por se interessar pelos pobres, mas porque era ladrão; sendo responsável pela bolsa de dinheiro, costumava tirar o que nela era colocado.

Respondeu Jesus: “Deixe-a em paz; que o guarde para o dia do meu sepultamento. Pois os pobres vocês sempre terão consigo, mas a mim vocês nem sempre terão”.

 

Nos palácios, Joana e Cláudia, observam com desconforto as conversas que envolvem Jesus e Lázaro. Elas sentem que há algo para acontecer.


Por fim, Jesus orienta dois discípulos a entrarem na cidade e pegarem um jumentinho (Mc 11). O gesto é carregado de significado. Ele não entra em um cavalo de guerra, mas em humildade. A profecia de Zacarias está prestes a se cumprir: “Eis que o teu rei vem a ti, justo e vitorioso, humilde e montado num jumentinho” (Zc 9.9).


Não é a chegada de um rei qualquer. É o início da reta final. A estrada da cruz que começará com palmas e terminará com cravos.


Por Lediel dos Santos


 
 
 

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